sexta-feira, 6 de maio de 2011

Nutrição e Memória


Existem evidências que indicam que a ingestão de nutrientes promove melhora no desempenho da memória e na função cognitiva quando possuem uma dieta deficiente de nutrientes.

Estudos indicam que a alimentação desde o nascimento é fundamental para um bom desempenho do nosso sistema cognitivo e de nossa memória. Pesquisam indicam que crianças que recebem leite materno apresentam desenvolvimento cognitivo maior do que as que receberam fórmulas infantis.

Além disso, um estudo analisou a alimentação de mais de 1000 pessoas e foi associada com problemas neurológicos, e verificou que a deficiência de ácido fólico, assim como níveis aumentados de homocisteína no sangue (que pode indicar deficiência de ácido fólico, vitamina B6 ou B12), são fatores de risco para o desenvolvimento de demência e doença de Alzheimer.

Além disso, pesquisadores verificaram que pacientes com diabetes que tinham controle dos níveis de glicose do sangue apresentavam melhor desempenho cognitivo em comparação aos pacientes com níveis de glicose desequilibrados, o que reforça a necessidade de uma alimentação fracionada, ingerindo alimentos a cada 3 horas, em menor quantidade.

Além de uma alimentação fracionada, é importante seguir uma alimentação equilibrada em nutrientes e compostos bioativos, que irão promover um equilíbrio do organismo, fazendo com que todos os nossos órgãos trabalhem adequadamente, além da memória. Quando não for possível através da alimentação atingir as recomendações necessárias dos nutrientes, uma suplementação pode ser uma estratégia eficaz para otimizar a nossa memória, lembrando que esta suplementação, bem como as orientações alimentares devem ser realizadas por um nutricionista capacitado.

Não existe um consenso nos estudos sobre determinados alimentos que possam ajudar a prevenir perdas cognitivas e de memória, mas existem alguns nutrientes que parecem ter funções importantes, e é a partir destas informações que devemos buscar alimentos fonte destes nutrientes, sendo que o seu consumo deve ser diário. São eles:

- Vitamina C: exerce atividade antioxidante - mamão, melão, laranja, água de coco;
- Vitamina E: também é antioxidante e parece ter ação benéfica secundária aos benefícios deste nutriente contra doenças vasculares - abacate, óleo de girassol, peixes;
- Vitamina A e beta-caroteno: são antioxidantes e regulam a expressão de nossos genes - carne, cenoura, batata doce, abóbora, tomate, brócolis;
- Ácido fólico: atua como co-fator de reações que influenciam o desempenho cognitivo - feijão, batata, brócolis, vagem;
- Vitamina B6: atua como co-fator de reações que influenciam o desempenho cognitivo - frango, banana, cereais integrais, semente de gergelim;
- Vitamina B12: também atua como co-fator de reações que influenciam o desempenho cognitivo - carnes, ovos, leite;
- Ácidos graxos poliinsaturados: regulam a energia na região cerebral e são componentes da estrutura das células nervosas e da bainha de mielina que auxilia na rapidez com que as informações são transmitidas de uma célula para outra - azeite de oliva, óleo de canola, linhaça;
- Colina: a colina é precursora da fosfatidilcolina que é importante na sinalização celular e da fosfatdilserina, que está associada com melhora da depressão e da função cognitiva. Tem importante função cerebral essencial para o desenvolvimento dos fetos, protege contra defeitos do tubo neural e da memória - gema de ovo;
- Ferro: sua deficiência diminui o fornecimento de energia e oxigênio ao cérebro - carnes, feijão, lentilha, damasco;
- Boro: sua deficiência diminui a atividade cerebral e o desempenho cognitivo, mas seu excesso pode ser tóxico - amêndoas, frutas secas, suco de uva, feijão, água (dependendo da procedência);
- Zinco: impede a aceleração do envelhecimento do cérebro - carne, frango, peixe, cereais integrais, feijão, soja, lentilha;
- Carboidratos integrais: mantém glicose no sangue, principal fonte de energia do cérebro - arroz integral, aveia, farinha integral.

fonte: vp online